Eram completamente o oposto um do outro.
Ele vindo do subúrbio. Adorava futebol, pastel com caldo de
cana, petisco no bar com a rapaziada, samba de roda e boemia.
Ela da Zona Sul, nível superior, Chico Buarque no player,
voleibol na adolescência, chá com as amigas do novo curso de gastronomia que
inventara. Recatada, fina, altiva, uma socialite.
Ele simples, quase rude. Fora mecânico, mas agora trabalha numa
autopeças que com sacrifício abrira em seu bairro de origem. Melhorou um pouco
de vida, porém a forma quase bárbara de atender aos seus clientes com a voz a
plenos pulmões ainda o persegue. Quase um ogro.
Ela de voz mansa e suave, apenas elevou o tom de voz duas
vezes em toda a sua vida. Quando por conta do parto natural de seus dois filhos
pediu imperativamente que tudo terminasse logo. Sentir dor jamais! Mas o
presente compensou; teve dois filhos lindos como ela mesma sempre diz.
Ele não levava desafio pra casa.
Xingava, gesticulava, perdia o amigo, mas nunca perdera uma boa briga. Parece que saía de casa armado até os dentes. Poderia surgir o Armageddon que estaria preparado. Bastava alguém lhe pisar o calo pra nova guerra mundial se estabelecer, e isso em qualquer lugar, porque macho que é macho mesmo defende sua moral não importa onde!
Xingava, gesticulava, perdia o amigo, mas nunca perdera uma boa briga. Parece que saía de casa armado até os dentes. Poderia surgir o Armageddon que estaria preparado. Bastava alguém lhe pisar o calo pra nova guerra mundial se estabelecer, e isso em qualquer lugar, porque macho que é macho mesmo defende sua moral não importa onde!
Ela era consciente de seus deveres e direitos, mas procura
sempre resolver a tudo na diplomacia. Em alguns momentos até faz vista grossa
pra coisa ou outra simplesmente pra não dar chance pra más conversações ou
aborrecimentos desnecessários.
Ele sol, ela lua. Ele negro, ela branquinha. Ele azedo, ela
uma doçura.
Eram completamente diferentes, estranhos um ao outro,
opostos!
Eram opostos complementares....
Um casal...
Um casal...
Wendel Bernardes.
No caso dos personagens, as diferenças acabam por se completarem.O q acontece na vida e com frequencia.
ResponderExcluirLembrei:
" O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."
Mário Quintana
Bjs, Aurélio.
Tá vendo... quem disse que esse Blog num presta? Tão citando Quintana e tudo aqui! kkkkk
ResponderExcluirConcordo com você, menina... Alias, com você 'E' com Quintana! kkk
Beijos!
Presta e muito...kk..
ResponderExcluirSempre me identifico de "algum modo" com os personagens.
Bjs e te cuida.
Nossa! Essa última frase muda o contexto de tudo que havia lido anteriormente!
ResponderExcluirComo podem gelo e fogo dar frutos!?
A vida realmente gosta de pregar peças na gente...
Valeu pela visão positiva Ingrid!
ResponderExcluirAlysson,
ResponderExcluiraos poucos vamos percebendo (ao passo em que a vida passa) que a nossa caminhada é mais feita de entagonismos, de contrários; do que exatamente de similaridades!
Claro que elas são importantes.
No caso do casal acima, certamente deve ter havido pelo menos um ponto de convergência que os fez acreditar na chance de viverem juntos, ou na utopia de ser feliz (sei lá)...
Mas o fato é que os opostos são ainda mais atrativos que os similares... pelo menos num primeiro momento...
Existem até os que dizem que "os opostos se atraem , mas depois se repelem". Vai que é verdade? (kkkk)
Acho que a química de cada casal é uma realidade de ambos como par, e de cada um como indivíduos.
Se rolou, então tá legal... acho que não existam muitas 'regras' para tais situações... até porque o Amor é doido pra quebrá-las né?
Como diz o poeta; "O Amor é o contraponto das regras, faça uma regra e o amor a invalida..."
Deve ser isso mesmo!
Abraço Alysson!